Porque tantos médicos migram para a medicina estética?
Esta é a pergunta que a Revista Veja tenta responder numa matéria publicada na edição da última semana.
A matéria fala que o número de médicos que atendem na área chamada de medicina estética dobrou nos últimos 5 anos, e que grande parte deles foram médicos que migraram de outras áreas médicas em busca de melhor remuneração na área de estética. Gastroenterologistas, Cardiologistas, Reumatologistas, e especialistas em outras áreas, que mudaram o rumo de suas carreiras. Deixando de lado seus curriculos a sua formação original.
Contudo, é importante frisar que a medicina estética não é uma especialidade médica reconhecida pelos Conselhos Regionais de Medicina e nem existe nenhum tipo de residência méidca neste sentido, não existe título de especialista, e os conselhos chegam inclusive a advertir formalmente os médicos que se dizem especialistas em medicina estética.
Na realidade a matéria deixa de esclarecer que um médico pode, embora pareça estranho, exercer uma área diferente daquela que ele se especializou e treinou, pois, a principio ele é médico. Quem na realidade vai ter que aferir as qualificações do médico é o paciente.
E acho que não cabe nenhuma critica a isto, embora isto não deva ser o único fator na escolha de uma carreira, as pessoas tem o direito de buscar ganhar mais, mesmo que a vocação inicial da pessoa não seja aquela, ela pode com o tempo aprender uma nova profissão.
Eu, ao contrário, sempre dirigi minha carreira, primeiro com minha Residência Médica em Dermatologia e depois com a aprovação como Especialista em Dermatologia pela SBD, neste sentido, e todos os cursos, seminários e pós-graduações foram neste caminho.
Sempre fui um apaixonado pela estudo da pele, pela busca de maneiras de retardar o envelhecimento, pelo bem-estar das pessoas, e fico muito feliz em ver a auto-estima delas revigorada, quando ficam satisfeitas com o resultado.
Fico feliz também em ver a Dermatologia tão valorizada pelas pessoas.