A matéria, para a qual eu colaborei com algumas informações, foi publicada no site Rudge Ramos ONLINE no dia 01 de junho, o link para acessar direto é:
01/06/2008 23:19
Profissionais discutem avanços para tentar obter cura da doença.
Amanda Camasmie
Pele avermelhada, ressecada, com rachaduras e lesões com pus. A presença de alguma dessas complicações cutâneas pode significar o aparecimento da psoríase.
Com o objetivo de comparar e divulgar novos resultados de pesquisa sobre a doença, diversos profissionais estarão reunidos no 4° Encontro Nacional de Psoríase, no dia 14 de junho, das 9h às 16h. O evento acontece na Câmara Municipal de São Paulo, situada no Viaduto Jacareí, 100.
Presente em cerca de 2% da população mundial, a doença tem controle, mas ainda não tem cura. Sua manifestação é mais comum entre jovens adultos, por volta dos 20 anos e após os 45 anos, em adultos mais maduros.
Um dos principais problemas para desenvolver o tratamento da doença é a falta de diagnóstico. “Seus sintomas podem ser muitas vezes confundidos com outros problemas e tratados de forma errônea, com procedimentos que muitas vezes irão agredir diretamente a pele”, afirma Fernando Bezerra, especialista em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica.
As melhores formas de tratamento, por enquanto, estão na utilização de alguns tipos de laser. “Nas formas extensas ou disseminadas da doença, a indicação é principalmente a fototerapia, com a utilização da freqüência UV em comprimentos de onda controlados”, indica Bezerra. E completa: “Além disso, pode se lançar mão de medicamentos que tem como objetivo controlar a resposta biológica do organismo”.
A psoríase é mais freqüente nos joelhos e cotovelos, couro cabeludo, unhas, palmas das mãos e solas dos pés. Bezerra aponta exemplos de confusão dos médicos no tratamento, como quando se confunde psoríase de unha com micose e psoríase no couro cabeludo com dermatite seborrêica.
Até o momento, não se constatou uma causa específica para o surgimento da doença. “Ela pode ser ocasionada pela reação a medicamentos e também considerada uma doença auto imune, mas sem dúvida, ela tem um forte componente no quadro emocional da pessoa, pois ansiedade e nervosismo estão muitas vezes associados às pessoas com psoríare”, explica Bezerra. Segundo o especialista, não existem provas de que ela seja hereditária, mas certamente, ela tem um grande componente genético, ou seja, a pessoa nasce com predisposição para a doença.
Recomendações
Muitos pacientes com a psoríase evitam o convívio social, se isolando e evitando praticar atividades públicas. Essa atitude agrava ainda mais o quadro emocional da pessoa e, por conseqüência, pode colaborar com a evolução da doença.
É importante ressaltar, que a psoríase não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar contato físico com outras pessoas. A recomendação, é que se procure o quanto antes um dermatologista para evitar medicações inadequadas. "Como controle geral, os pacientes devem manter sempre a pele hidratada e higienizada”, recomenda Bezerra.
É importante ressaltar, que a psoríase não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar contato físico com outras pessoas. A recomendação, é que se procure o quanto antes um dermatologista para evitar medicações inadequadas. "Como controle geral, os pacientes devem manter sempre a pele hidratada e higienizada”, recomenda Bezerra.