quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

PSORIASE

A Psoríase, embora muita gente só conheça de “ouvir falar” é uma doença bastante comum, pois atinge cerca de 3% da população mundial, quase 200 milhões de pessoas. Manifesta-se tanto em homens quanto em mulheres independente da idade, acometendo inclusive crianças.
A psoríase causa o aparecimento de lesões vermelhas e descamativas, geralmente arredondadas ou ovais, que às vezes são elevadas. As escamas são secas, esbranquiçadas, podendo variar desde pequenas e finas até espessas e grandes. Elas podem provocar coceira ou mesmo sensação de dor e incômodo nas regiões afetadas

importante: a foto ao lado não é do aspecto da doença, é apenas uma ilustração.
A psoríase acontece devido a um erro na programação genética da pessoa, nasce com o seu portador, podendo se manifestar externamente em qualquer fase da vida
Uma das características da psoríase é sua hereditariedade. Assim, existem famílias em que a psoríase é muito comum entre irmãos, primos, pais e filhos, etc. Em outras famílias, a doença simplesmente não aparece. Uma curiosidade é que os índios brasileiros têm menos probabilidade de manifestar a doença.
Sua causa é desconhecida. Fenômenos emocionais são frequentemente relacionados com o seu surgimento ou sua agravação, provavelmente atuando como fatores desencadeantes de uma predisposição genética para a doença.
O diagnóstico da psoríase é geralmente clínico, mas pode ser confirmado por uma biópsia, que revelará um quadro bem característico.
As lesões são mais freqüentes nas regiões do corpo que estão submetidas a traumatismos repetidos, como joelho, cotovelo ou nádegas. A psoríase pode atingir o couro cabeludo e também pode afetar as unhas e mucosas, sendo , em casos mais raros, confundida com conjuntivite.
É comum ocorrerem fases de melhora e de piora. Quando as placas regridem, costumam deixar área de pele mais clara no local afetado.
Mas é importante que se saiba que a psoriase não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar o contato físico com outras pessoas.
O tratamento da psoríase vai depender do quadro clínico apresentado, podendo variar desde a simples aplicação de medicações tópicas nos casos mais brandos até tratamentos mais complexos para os casos mais graves. A resposta ao tratamento também varia muito de um paciente para outro e o componente emocional não deve ser menosprezado. Uma vida saudável, evitando-se o estresse vai colaborar para a melhora.
80 % dos portadores de psoríase apresentam melhora nas lesões após tomar banhos de sol. Portanto, é importante freqüentar praias, balneários ou qualquer outro local que permita exposição ao sol. Mas cuidado: queimaduras solares podem piorar a doença. Use um protetor solar adequado ao seu tipo de pele, e evite tomar sol entre 10h00 e 15h00.
Estâncias hidrominerais proporcionam hidratação e desinfecção das lesões, além de exercer efeito calmante sobre a pele. Inclusive, na região do Mar Morto (Ásia) existem clínicas que baseiam o tratamento da psoríase na exposição solar e banhos com água salgada.
Na realidade não existe uma forma de se acabar definitivamente com a psoríase, mas é possível se conseguir a remissão total da doença, obtendo-se a cura clínica. Ainda não é possível, no entanto, afirmar que a doença não vai voltar após o desaparecimento dos sintomas.
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fernandobezerra.dermato@uol.com.br