Um dos equipamentos que tem evoluido, tanto na utilização quanto na tecnologia, nos últimos meses, são os equipamentos de RADIOFREQUENCIA não ablativo porque não é invasivo, não fura, não corta. São aparelhos que utilizam radiação eletromagnética intencional para fins terapêuticos.
As principais indicações dos aparelhos de radiofrequência é na melhora da flacidez, em especial no rosto, pescoço e braços (efetito rejuvenescedor), e também na diminuição da gordura localizada.
Este aparelhos possuem aplicadores, também chamados de ponteiras, que produzem um campo magnético de alta frequência e são utilizados na pele para direcionar a radiação, estes aplicadores servem também para dosar a profundidade da penetração desta radiação (que normalmente vai de 4 a 20 mm).
Os aparelhos mais modernos ainda contam com uma ponteira criogênica, que promove o resfriamento "eletrônico" livre de água ou gás, que torna a aplicação mais confortável ao paciente e ajuda a preservar a epiderme. O balanço entre o aquecimento profundo e resfriamento superficial dos tecidos cria um gradiente térmico inverso. Um intenso calor é produzido na derme e tecido subcutâneo mais profundo enquanto que, as camadas superficiais permaneçam relativamente preservadas.
Um óleo fluido é usado durante o tratamento para evitar a fricção entre a ponta do dispositivo e a pele. O uso de um termômetro é o principal referencial se a potência selecionada é a ideal ou não, além, é claro do feedback do paciente.
O bom da radiofrequência é realmente o fato dela não ser invasiva,não requerer sequer anestesia e não ter efeitos colaterais. Outra vantagem é que ela pode ser utilizada por pessoas com qualquer fototipo de pele.
Para você entender melhor o mecanismo, as altas frequências não aquecem por indução de corrente, mas sim pela oscilação de moléculas de água. Efeito similar ocorre no forno de microondas, a água aquece, mas o recipiente de vidro permanece frio, as moléculas de vidro não oscilam por ter rígida ligação. Desta maneira, todos os tecidos que contém água inclusive o tecido adiposo é aquecido. Como o aquecimento é profundo (não aquece a pele) é possível usar altas potências. O calor gerado depende da força e da densidade do campo formado e a temperatura varia de acordo com a composição tecidual.
Um dos efeitos biofísicos induzidos pela radiofrequência é a Termocontração do Colágeno.
A capacidade de retração do colágeno com a energia térmica não é um conceito novo na área médica. As fibras de colágeno são constituídas por uma tripla hélice de proteína com potes intercadeias criando uma estrutura cristalina. Estudos indicam que as fibrilas de colágeno, quando é aquecida a uma temperatura correta por um determinado tempo, devido à quebra das pontes de hidrogênio intramolecular, podem induzir a imediata contração do tecido e seu espessamento. O sucesso do tratamento ocorre quando a temperatura superficial é uniforme e em torno de 40 a 42°C.
Uma lesão térmica controlada (ou seja, a aplicação da radiofrequência) pode resultar numa retração tecidual seguida por uma resposta inflamatória acompanhada pela migração de macrófagos e fibroblastos para o local tratado com consequente remodelagem tecidual. A ativação de fibroblastos induz a síntese natural de novas fibras de colágeno (neocolanogênese) e de fibras elásticas (neoelastogênese). Esse processo de cicatrização secundária envolve a deposição e remodelação do colágeno assim como da elastina e pode perdurar por meses.
A radiofrequência tem algumas contra indicações: Pessoas com tumores malignos, Dispositivo eletrônico implantado, Gravidez, Artrite reumatóide, Uso recente de isotretinoína (inferior a um ano), Sobre materiais preenchedores da derme, Pele irritada ou com condições adversas entre outros.
Por istoé sempre importante você consultar um dermatologista para que você possa avaliar que tratamento ele irá indicar para suas necessidades.
(a foto é genérica, apenas para ilustrar a matéria e mostrar como é o aparelho, não escrevi este artigo de forma a divulgar nenhuma máquina ou equipamento específico)